Telefonema do meu irmão Turita:
Tu lembras-te quando o Claudino nos salvou dos fuzos, em Porto Amélia? Fomos lá ver a Académica jogar contra a Selecção de Cabo Delgado; acho que a Académica aceitou o jogo por amizade com o António Bagorro.
Á noite, no Bar, estavam uns fuzileiros, já com os copos e mortinhos por porrada, para dar vazão à agressividade. Meteram-nos na coisa, houve uns empurrões, umas chapadas,...
O certo é que, passado algum tempo, estávamos os dois a beberricar um whiskey, entra um bando de fuzos com ar de querer partir aquilo tudo e a perguntar quem foi o gajo que quiz bater num fuzileiro?
Bem, estava-se mesmo a ver que íamos levar um arraial de porrada.
Meu Pai entre o Claudino (à dtª) e um militar não identificado (clicar na imagem para aumentar) |
Nós encaminhavamo-nos para a Pensão do Cepêda, que ficava bastante mais abaixo; a certa altura, a coisa estava mesmo feia, começaram a acelerar e nós, à cinema, ficámos costas contra costas, p'ra evitar surpresas e fomos andando, um de nós às arrecuas, o mais depressa possível, com o Claudino oh malta, pá, tenham calma, são meus amigos, por que é que vocês querem arranjar problemas?
Lá conseguimos chegar ao Cepêda. Que alívio que foi...
Lembras-te? Isto foi quando? 63, 64?
É, deve ter sido isso, Turita. Foi em 63 ou 64 e foi um susto do caraças!
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