13.10.11

A Moçambique, aqui, vim deportado



A Moçambique, aqui, vim deportado,
Descoberta a cabeça ao sol ardente;
Trouxe por irrisão duro castigo
Ante a africana, pia, boa gente.
     Graças, Alcino amigo,
     Graças à nossa estrela!
Não esmolei, aqui não se mendiga;
 Os africanos peitos caridosos
Antes que a mão o infeliz lhe estenda
A socorrê-lo correm pressurosos.
     Graças, Alcino amigo,
     Graças à nossa estrela!



Tomás António de Gonzaga, o árcade que imortalizou “Marília de Dirceu”. Condenado pela sua participação na Inconfidência Mineira, teve a sua sentença de morte comutada na pena infamante de degredo que cumpriu na Ilha de Moçambique, onde morreu em 1810.

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigada por disponibilizar este poema aqui!