Metralhadora alemã |
Transcrevo alguamas passagens
da obra do General Lettow-Vorbeck,
As Minhas Memórias da África Oriental, que foi traduzida, em 1923, por Abílio Pais de Ramos:
As Minhas Memórias da África Oriental, que foi traduzida, em 1923, por Abílio Pais de Ramos:
“O destacamento de Wahle, que nos havia seguido de Chirumba
para Mtende, foi isolado por diversas companhias inimigas que apareceram
inesperadamente numa posição à sua retaguarda, e que interromperam os serviços
de ligação e transportes. 0 General Wahle desembaraçou-se engenhosamente desta
situação desconfortável, e conseguiu aproximar-se mais do Quartel General, em
Nanungu.
Encontrámos aqui víveres em abundância e recomeçámos o
estabelecimento de postos de racionamento e depósitos de géneros na região
entre Nanungu e Namuna, e ainda mais para o sul.
Havia muito boa caça, e os indígenas apresentavam-se voluntariamente com os
produtos das hortas e com mel, para os trocarem por fato e por carne.
Apareceram muito a tempo uns frutos muito doces que amadureciam aos milhões em Nanungu. Eu preferia
come-los em conserva.
Ainda encontrámos outras especialidades, como por exemplo,
tubaras O cantar dos galos proclamava bem alto e a distancia a existência de
ovos e galináceos pelo campo.”
Nota: Nanungu é, certamente, o NUNGO,
a localidae relativamente próxima de Mocímbua; e Namuna, não tenho dúvidas,
correponde a Namuno, há trinta anos
um Posto Administrativo pertencente a Montepuez e hoje o Distrito do mesmo nome,
onde o meu Tio Júlio Ferreira tinha uma machamba.
“Em 5 de Dezembro, o Capitão
Koehl, com 5 companhias, uma peça e uma coluna de munições, partiu de Nangwale
em direcção ao distrito de Mwalia-Médo. Quanto a mim, continuei a marcha pelo
Ludjenda.”
Nota: Já aqui
falei do Régulo Mualia e da sua região,
na qual estava situada a machamba do meu Pai, o Natupile. Tenho, agora, a confirmação de que as tropas alemãs
tinham estado na zona do Natupile (e, talvez, aí tivessem decorrido combates ou
escaramuças), o que, segundo julgo (mas não juro…), penso ter ouvido referir ao
meu Pai.
“O início da estação das chuvas não coincidiu bem com a
precisão dos indígenas. Houve algumas bátegas de água violentas, mas esta
escoava-se rapidamente para o rio Msalu, a principal linha de água da região,
que em pouco tempo se encheu por forma a constituir um obstáculo forte.
(…)
Encontrámos aqui víveres em abundância e recomeçámos o
estabelecimento de postos de racionamento e depósitos de géneros na região
entre Nanungu e Namuna, e ainda mais para o sul. Havia muito boa caça, e os
indígenas apresentavam-se voluntariamente com os produtos das hortas e com mel,
para os trocarem por fato e por carne. Apareceram muito a tempo uns frutos muito
doces que amadureciam aos milhões em Nanungu. Eu preferia come-los em conserva. Ainda
encontrámos outras especialidades, como por exemplo, tubaras O cantar dos galos
proclamava bem alto e a distancia a existência de ovos e galináceos pelo campo.”
Nota: De
novo, referências ao Nungo e a Namuno. E, agora, aparece o Rio Msalu, o “nosso” Messalo que corre junto ao Nairoto. Aí houer, certamente, combates.
E lembro-me bem (assim como o meu irmão Turita), de uma enorme caverna não
natural escavada na parede de um desses colosssos granítico que emergem do solo
na região; e recordo-me que “sabiamos” que tinha sido “um tiro de canhão” o que
causara o fenómeno.
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