Começo hoje uma pequena série sobre os macuas, o grupo
predominante em Montepuez, e a sua língua.
Os macuas são um grupo etnico-linguístico de cerca de 3
milhões e meio de pessoas – o que faz dele o mais importante de Moçambique – e
ocupam um território de cerca de 200 mil Km2, que se estende pelas Províncias
de Nampula, Cabo Delgado, Niassa e Zambézia.
Habitam estas regiões desde o sec. XV, integrados numa
grande migração que teve início no Sec.XI, vindos, provavelmente, do que é hoje
é a República Democrática do Congo.
Contudo, segundo os seus mitos ancestrais, foram criados pelo
Mulungo ou Muluco (Deus)
que os fez brotar da floresta , no Monte Namúli, na Zambézia.
Existem
7 ou 8 variantes da língua macua, entre as quais as mais importantes serão o
macua-lomué, o macua-marevone e o macua-meto (ou met) que é fala do em Pemba, Montepuez,
Balama, Meloco, Macomia e Mocímbua.
Existem
vários dicionários e gramáticas do macua.
O meu Pai tinha compilado, para sua própria
utilização, uma espécie de gramática/dicionário de macua, língua que falava
correntemente e que, como dizia e oportunamente relatarei, “aprendeu ao mesmo
tempo que o português”.
Contudo,
os trabalhos mais sólidos nesta matéria parecem ser os dos Padres António Pires
Prata e
Alexandre Valente de Matos.
Mas para quem desejar um pequeno e operacional dicionário de
macua (na sua versão dita “central”, falada em Nampula e no Niassa) pode
recorrer ao site da lidemo.net onde encontrará um instrumento adequado (http://lidemo.net/vocabulrio-de-emakhuwa-emeetto-2/).
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