Os Rocha: o Beto e o Lelo.
A fotografOia deve ter sido em meados dos anos 40.
Pouco mais velhos seriam quando ganharam a minha eterna admiração pela persistência com que infernizavam a vida da Tia Irene (e Deus e todos nós sabemos como era difícil exasperá-la...): em Porto Amélia, sentados à mesa, um de cada lado da Tia Irene que se esforçava por obrigá-los a engolir uma colher de sopa; cada vez que a dita colher era introzida na boca de um deles, o outro cuspia o conteúdo da colherada anterior que tinha mantido, irredutível, na boca. Quando a Mãe se virava para este último, era a vez de o outro irmão expelir a sua colherada.
Entre gritos, alguns safanões e no meio de um cenário apocaliptíco, a Tia Irene acabava por desistir.
Não sei se alguma vez tive coragem para seguir o heróico exemplo mas, se o fiz, foi um acto isolado e nunca repetido.
Os meus tios Irene e Aires Rocha e os seus dois querubins viviam ao fundo da avenida principal de Porto Amélia.
O Tio trabalhava então, se a memória me não falha, nos escritórios do Joâo Ferreira dos Santos, com um familiar seu (tio? Primo?), o senhor Acácio.
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