Não
conhecia esta fotografia.
Ademais, não me lembro de qualquer referência, na família, ao serviço militar de meu Pai ou de ter ouvido histórias ou recordações que, mais tarde ou mais cedo, quase sempre surgem na conversa de quem teve esse tipo de experiência e que começam, invariavelmente, pela frase “quando eu estava na tropa”.
Ademais, não me lembro de qualquer referência, na família, ao serviço militar de meu Pai ou de ter ouvido histórias ou recordações que, mais tarde ou mais cedo, quase sempre surgem na conversa de quem teve esse tipo de experiência e que começam, invariavelmente, pela frase “quando eu estava na tropa”.
Por
isso, a foto intriga-me.
Verso da foto com a assinatura de meu Pai |
Como
já disse (Errâncias IV), meu Pai chegou a Moçambique em 1930. Tinha 17 anos.
A
fotografia datará, portanto, de 32 ou 33.
A
cor sépia, que é, de certo modo, a patine
das fotografias, o capacete colonial, o tipo de uniforme e, sobretudo, o ar
juvenil, quase adolescente, do soldado retratado e o seu olhar romanticamente
perdido no horizonte, tudo isso me remete para uma época muito distante, para o
universo aventuroso das “Minas de
Salomão” ou de “O Fantasma, o Duende que Caminha”.
É
uma bela fotografia.
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